Nossas Observações

Juventudes: Espiritualidade… Oração de Taizé

Quando pensamos na necessidade do cultivo da espiritualidade, particularmente em relação às espiritualidades das juventudes, percebemos desde buscas que mesclam todo tipo de encontro transcendental – a pós-moderna espiritualidade líquida (se quisermos usar o conceito de Bauman) – até a espiritualidade libertadora, que norteia vários grupos de PJ (Pastoral da Juventude). O fato é que o imenso vazio das sociedades urbanas atuais acaba por produzir uma busca de um porto seguro, um referente que possa preencher, dar sentido à existência. Ou, quiçá, em todos os tempos tenha havido essa busca e isso mesmo nos faça “humanos”. (Leia mais)


O coração da obra de Dom Bosco

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De uma janela do CENTRO JUVENIL DOM BOSCO, no Bairro Madre Gertrudes, divisei essa bela imagem de uma parte da Cabana do Pai Tomás. Camilla Moreira e eu, conhecendo o trabalho social dos Salesianos na Arquidiocese de Belo Horizonte, estávamos mexidas pelas histórias que escutávamos e, muito mais, pelo brilho dos olhares das crianças e adolescentes com os quais cruzávamos pelos corredores, pátios e salas a todo momento. De cara, duas impressões: uma proximidade terna entre educadores e educandos e uma sensação de liberdade… diferente de outros ambientes educativos, porque – naquele primeiro olhar – notava-se que aquelas crianças e adolescentes, todos em alguma atividade, pareciam escolher o que desejavam fazer ali, e isso era prazeroso de se ver. (Leia mais)


Filhas de Jesus Cem anos de presença evangelizadora em Belo Horizonte

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Essas ousadas missionárias tem o desejo de parecer-se a Jesus em tudo, como uma filha se parece a seu pai. Por isso é que sua fundadora, Santa Cândida Maria de Jesus, escolhe para sua congregação religiosa o nome de FILHAS DE JESUS.

Assim se expressam em seu site:

Nosso nome na Igreja – “Filhas de Jesus” – significa para nós uma forte identificação com Jesus: ser de seu grupo…  pertencer à sua comunidade… segui-lo como discípulas. Ser Filhas de Jesus é estar com Ele, contemplar a vida com o seu olhar, viver como Ele viveu, tratar as pessoas como Ele tratou, escutar, perdoar e promover as pessoas como Ele fez, buscar com paixão, como Ele, que se cumpra o sonho de Deus para a humanidade: que todos sejam FILHOS e IRMÃOS. (Leia mais)


Teologia Viva: uma vocação, uma missão

Áurea MarinA professora Aurea Marin Burocchi é a secretária executiva do Projeto Teologia Viva que, neste ano, completa dez anos. Como o próprio nome diz, esse é um projeto dinâmico, que toca a vida das pessoas ali, onde elas estão. Na Arquidiocese de Belo Horizonte o Teologia Viva vai às foranias, paróquias, comunidades onde é solicitado, para dar os fundamentos bíblico-teológicos ao povo dessas localidades. Mas esse projeto do CEFAP (Centro de Formação de Agentes de Pastoral) também é missionário: nos meses de janeiro e julho, leigas e leigos desta Arquidiocese levam o Teologia Viva à Amazônia e ao norte de Minas. Vale a pena conhecer essa vida que se comunica. Aliás, ser cristão é isto: ser portador da Boa Nova!

Publicamos, aqui, o depoimento da professora Aurea Marin que testemunha o entusiasmo, a paixão que tem por essa missão. (Leia mais)


 

CEFAP – Acreditando no protagonismo laical

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Coroando nossa observação acerca do Projeto Teologia Viva em Missão, tivemos a alegria de entrevistar o coordenador do CEFAP, um dos núcleos do ANIMA – Sistema Avançado de Formação, da PUC Minas.

O Teologia Viva é um dos projetos do CEFAP (Centro de Formação de Agentes de Pastoral). Mas, a abordagem que trazemos aqui extrapola o âmbito desse instigante projeto, que nos enche de esperança, e alcança um espaço bem mais vasto… Oferecemos a você uma reflexão sobre diversos aspectos que tangem a vida da Igreja, na perspectiva de um professor, sacerdote diocesano, que questiona a visão piramidal dessa instituição, reforça a importância da formação para que tenhamos um protagonismo laical, imprescindível hoje, e faz memória de vozes proféticas da Arquidiocese de Belo Horizonte que ajudaram a transformar a realidade eclesial a partir das possibilidades abertas após o Concílio Vaticano II.

Dividimos a entrevista feita ao professor Pe. Luiz Eustáquio Santos Nogueira em diversos pequenos blocos, acreditando que, assim, didaticamente, poder-se-á saborear mais o teor de suas considerações. (Leia mais)


Comunidade Quilombola Chacrinha dos Pretos em Belo Vale – MG

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A equipe executiva do Observatório da Evangelização teve a oportunidade de conhecer de perto, no âmbito de suas atividades, uma comunidade quilombola. Convivemos, partilhamos a vida e celebramos a fé com moradores da comunidade Chacrinha dos Pretos. Neste relato, você conhecerá um pouco da história, das características e da religiosidade dessa comunidade.

Origem da comunidade Chacrinha dos Pretos

Localizada a aproximadamente 8 km da sede do município de Belo Vale e a 80 km de Belo Horizonte, entre a Serra da Moeda e a dos Mascates, no precioso vale do Rio Paraopeba, está a Chacrinha dos Pretos. A origem da comunidade que ali vive remonta ao ciclo do ouro, no início do século XVIII. O nome “chacrinha”, de acordo com os moradores, decorre de uma pequena chácara que existia na antiga fazenda, com uma grande variedade de frutas, tais como jabuticaba, manga, abacate, laranja, mexerica etc. Já a designação “dos pretos” foi difundida pela população urbana branca de Belo Vale, quando se referia aos moradores da Chacrinha – “aquela, dos pretos”, referindo-se aos descendentes de escravos negros que ali seguiam vivendo desde os tempos da escravidão. (Leia mais)


 

CEBs: Situadas na história, unidas e diferentes, movidas pela força do amor

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“Diariamente todos juntos frequentavam o templo e nas casas partiam o pão, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração” (At 2,46).

Pessoas que se conhecem mutuamente, que partilham suas vidas, alegrias e esperanças, que põem em comum bens e esforços, que lutam juntas pela defesa da vida, que fundamentam e justificam sua existência a partir do Reino de Deus, que tem a Palavra de Deus como eixo fundamental, tudo isso são características do que denominamos CEB’s.

Aconteceu no último dia 30 de agosto, na paróquia Nossa Senhora da Paz (Cachoeirinha), na Arquidiocese de Belo Horizonte, o 10° encontro das CEB’s da Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição, tendo como assessor o Pe. Jaldemir Vitório, S.J – Faje. O tema do encontro, à luz do documento 100 da CNBB, Comunidade de comunidades, foi: Uma Nova paróquia. Somos chamados a evangelizar. (Leia mais)


Rede de Comunidades – Paróquia São Domingos

texto-taniaAs Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Belo Horizonte (2013-2016), definidas e assumidas na IV Assembleia do Povo de Deus, apresentam três dimensões estruturantes que devem ser levadas em conta na ação evangelizadora em nossa realidade: espiritualidade encarnada e de comunhão; renovação da vida comunitária e inserção social da Igreja. Com alegria, o Observatório da Evangelização apresenta uma experiência de formação de lideranças leigas que, a nosso ver, é bastante significativa, que contempla vigorosamente as dimensões acima. Trata-se da Escola Bíblica, na Paróquia São Domingos, em Contagem. Transcrevemos, abaixo, o apaixonado relato que Irmã Marysa Mourão Saboya faz dessa vivência: (Leia mais) 


Dulce dos Pobres: Semente em Terra Boa

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O Reino do céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce… (Mt 13, 31-32)

 I – Afagar a terra

A minha política é a do amor ao próximo. (Irmã Dulce)

O filme Irmã Dulce acaba de estrear em todo o país. Há quem nunca havia ouvido falar no Anjo Bom até o momento, e se surpreende com as provocações que o filme proporciona[i]… Em Belo Horizonte, no Aglomerado da Serra, há pouco mais de dois anos esse nome também vem provocando reflexões, interpelações, inquietações, questionamentos.

Era o dia 2 de setembro de 2012 quando foi inaugurada uma nova paróquia, nas encostas da Serra do Curral, de onde se pode contemplar algo dessa Belo Horizonte. Não importa se fazia frio ou calor naquela quase primavera, importa é que algo novo havia sido gestado e o sinal disso era o nascimento de uma nova paróquia, que fora batizada com o nome de Bem Aventurada Dulce dos Pobres, e isso inquietou muita gente… (Leia mais)


 

Paróquia São Francisco Xavier: Uma rede de comunidades em processo permanente de autoconstrução

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“[…]uma rede de comunidades iguais em dignidade, com atuação organizada e definida em torno de quatro áreas pastorais: catequese,  liturgia, evangelização e ação social.”

Breves dados geográficos e históricos da caminhada

Situada na zona norte da capital mineira, na região episcopal Nossa Senhora da Conceição. Para quem segue pela linha verde, na Av. Cristiano Machado, no sentido do centro para o Aeroporto de Confins, ela fica à direita, logo após a Avenida Saramenha. Os limites de seu território se estendem pelos bairros Floramar, Jardim Felicidade, Jardim Guanabara, Lajedo, Pedreira, Solimões e Tupi. Segundo dados do Centro de Geoprocessamento de Informações e Pesquisas Pastorais e Religiosas – CEGIPAR, ela concentra uma população de cerca de 70.000 pessoas. Desde a sua constituição,  foi entregue aos jesuítas, que já atuavam pastoralmente na região. Nas proximidades da paróquia, funciona a Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE. (Leia mais)


Paróquia Nossa Senhora do Morro: Um desafio inspirador para toda a Igreja

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“(…) um dia existiu um Povo Quilombola, que foi capaz de defender seus direitos até o último instante e que, movido pela fé, nunca perdeu a esperança.”

Pe. Mauro Luiz da Silva

Dados geográficos, históricos e dinâmica pastoral de evangelização

Como anunciar e testemunhar o Evangelho em contexto de vilas e favelas? É possível concretizar uma presença pública significativa da Igreja? Que significaria uma Igreja, de fato, fonte de boa nova, sinal de esperança, de promoção da identidade social e de construção de sentido, lugar de partilha e de defesa da vida, espaço de encontro familiar e de amizade, de troca de idéias, de unir forças e lutar pela igual dignidade cidadã? A equipe executiva do Observatório da Evangelização foi ver de perto como se dá a presença da Igreja e as ações evangelizadoras que acontecem na Paróquia Nossa Senhora do Morro. Apresentaremos a seguir os resultados de nossas observações. (Leia mais)


 

Movimento das Pequenas Fraternidades – MPFs

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“Mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações…

Mostravam-se assíduos no Templo e partiam o pão  pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração…” (Atos 2, 42.46)

Contextualização

O Movimento das Pequenas Fraternidades (MPF’s) surgiu há menos de vinte anos, na Arquidiocese de Belo Horizonte. Ele está presente em duas paróquias da região episcopal Nossa Senhora da Esperança (RENSE): na Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro Castelo, onde tudo começou, e na Santa Clara de Assis, nos bairros Estoril e Buritis, local onde está dando os primeiros passos. As duas paróquias compartilham realidade urbana semelhante: crescente verticalização, forte densidade demográfica e, em sua maioria, constituída de pessoas socialmente incluídas. O MFP’s está fortemente vinculado ao padre Celso Antônio Rocha de Faria, iniciador do movimento. (Leia mais)



 

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